Um mangá bem bacaninha, curto (quatro edições) e intrigante.
Coisas curiosas que você percebe quando lê alguns mangás na sequência:
-A relação Japão/EUA sempre será um problema no imaginário coletivo do povo japonês. O trauma da segunda guerra se desdobra até hoje em paranoias e teorias da conspiração sobre o domínio dos EUA em muitos aspectos da vida dos japoneses.
-Há uma crítica constante justamente aos otakus que são o grosso do público leitor dos mangás. Parece que os autores ficam constantemente gritando para seus leitores: saiam da frente dos computadores e das tevês, vão viver a vida, busquem contato humano. Se você pensar, é muito positivo essa crítica a sociedade das pessoas fechadas em si próprias cada vez mais.
-Os japoneses tem uma imaginação bizarra. Não é só um lado pervertido, tem um diferencial nos mangás, algo que parece que os autores ocidentais talvez até pensem, mas não tem coragem de expor.
-Japoneses mandam muito bem nas hachuras. É impressionante o domínio deles nessa arte de criar sombras e volumes alinhando traços.
Sobre Astral Project em si, eu achei o final um pouco abrupto, mas nada de comprometa. Não é fácil de achar esse mangá, porque, como tudo da Panini, se saiu da banca já desapareceu, mas se você cruzar com ele por aí. Vale a pena comprar.
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