quarta-feira, 11 de março de 2015

Gigantomachia

Adoro esses mangás curtos, séries com 6, no máximo 10 edições e também em volume único. 

Por recomendação do Marcelo Naranjo eu li esse Gigantomachia, de Kentaro Miura, autor de Berserk.

A história é bem curiosa, o lutador Delos e misteriosa Prome estão viajando pelo deserto quando são pegos por uma tribo de homens-insetos. 

Depois eles acabam se envolvendo em uma guerra entre os homens-insetos e os "normais", uma batalha onde um dos exércitos tem gigantes lutando do seu lado.

A missão de Prome é justamente recapturar esses gigantes. 

Nem tem muito o que falar da história, ela é basicona, cheia de ação, algumas boas tiradas de humor e tem um  ou outro conceito interessante. No fim a HQ dá a impressão de uma história que o autor planejou para lançar por muito tempo mas acabou sendo cancelada em bem menos edições do que ele esperava. Não se preocupe que a história esclarece praticamente tudo, mas não espere um grande final.

Acho que o destaque dessa HQ, e o motivo pelo qual estou falando dela aqui, é a arte. Muitos dos desenhistas japoneses passam a ilusão de um desenho rico e absurdamente detalhado mas usam retículas e outras técnicas de colagem de massas de pontos ou hachuras em determinadas áreas para agilizar o processo de produção. 

Obviamente Kentaro Miura deve usar essas técnicas aqui ou ali também, caso contrário é impossível seguir o ritmo de publicação do mercado deles, mas grande parte do trabalho de hachuras são claramente manuais. é algo impressionante a riqueza do desenho desse cara. 

Entenda que não estou dizendo aqui que o desenho tem que ser um orgia de hachuras pra ser legal - pessoalmente eu vejo mais beleza em um traço sintético elegante do que uma infinidade de risquinhos - mas é de tirar o chapéu a habilidade do trabalho desse cara, não só o desenho, mas a narrativa bem ágil. 




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