segunda-feira, 4 de junho de 2012

Fringe

Estou assistindo a 3ª Temporada de Fringe (sim estou atrasado, mas é que eu espero pelos DVDs, não tenho muita paciência para seguir séries na TV por conta dos horários e dos comerciais).

Fringe é uma série que tinha tudo para ser muito boa, personagens ótimos, um conceito muito bacana e uma produção boa. Contudo sofre dos males que a maioria das séries longas (22 a 24 episódios/temporada) sofrem: são episódios demais, então tem uma certa enrolação, e nunca se sabe se existirá ou não uma próxima temporada.

O grande trunfo e ao mesmo tempo a grande desgraça das séries que temos atualmente na TV americana é que elas são pensadas com uma história longa para amarrar o telespectador (um modelo mais parecido com uma novela). Isso ajuda a fidelizar a audiência e permite que se trabalhe na narrativa de forma mais complexa. O problema são as viradas de temporada. Existe um equilíbrio delicado que os roteiristas tem que ter em que ele tem que manter o espectador no anseio pela continuação e, ao mesmo tempo, tem que estar preparado para ter que encerrar as pressas a história caso a emissora descontinue a série.

As séries que se prendem em mistérios e as séries de ficção científica sofrem muito com isso. A trama vai se abrindo, se ramificando, ficando complexa e interessante e, em algum momento, pode-se perde o foco e desandar tudo, ou mesmo ter que explicar abruptamente tudo que era misterioso só para encerrar a série.

Fringe por enquanto vem sendo renovada e vai ampliando a sua história. Sempre existe a chance de a grande resposta final decepcionar, mas ok, é parte do jogo, quem assisti fielmente uma série espera uma boa recompensa no final (o que os roteiristas chamam de payoff), mas dificilmente alguém se prende em uma série que seja chata só por um bom final.

Se me perguntar hoje se vale ou não a pena ver eu digo que vale. Apesar de vinte e todos episódios na temporada, é uma série bem interessante bem construída e com detalhes que valem muito a pena.

O grande destaque no momento para mim é John Noble. Nessa temporada ele faz dois personagens muito interessantes. Um é o Walter Bishop que já conhecíamos, um cientista brilhante encarando as consequências das experiências que fez no passado e encarando o fato que ele próprio pediu para o amigo tirar uma parte de seu cérebro para que sua genialidade não se torna-se algo terrivel. O outro é o Walter da dimensão paralela (Walternet) que usou seu brilhantismo e suas invenções para conseguir o cargo de Ministro da Defesa dos EUA.

Um é triste, encolhido, resignado, sofrendo com o peso de todos os seus pecados do passado nas costas, ou outro é confiante e sedento pela vingança contra seu duplo que roubou seu filho. E justamente Peter Bishop, nascido em uma dimensão e criado na outra é o pêndulo dessa balança.

A exemplo de Lost e Alias (também de JJ Abrams) existe um quebra cabeça misterioso no meio disso tudo. Há uma grande máquina do passado (com tecnologia avançada até para os dias de hoje) e um predestinado a operar o equipamento.

No geral Fringe vale a pena, mas não chega a ser essencial.

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Lost Completo

Fiz esse desenho dos dois Walters enquanto assistia a série. Não gostei do resultado, mas... okWalters bishop

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