quarta-feira, 20 de junho de 2012

The Good Wife

São poucas as séries americanas de 22/24 episódios por temporada que conseguem sustentar uma qualidade exemplar e The Good Wife certamente é uma delas.

Drama político/jurídico The Good Wife é uma grata surpresa em vários sentidos.

A primeira surpresa é o nome. Ele não combina com a série, ele parece indicar algo tão inferior ao que realmente é que acaba afastando parte do público que certamente iria gostar.

O enfoque que o nome The Good Wife sugere para a sinopse (mulher de um político que é preso em um escândalo de prostituição, que se mantem ao lado dele e tem que sair da vida de dona de casa e começar do zero uma carreira como advogada) é algo muito mais suave do que realmente se tem.

A série é sempre pautada em casos jurídicos muito tensos e abrangentes (o escritório que a personagem trabalha atende todos os ramos do direito, batalhando casos civis, penais e empresariais). Em paralelo tem o drama de Peter Florick (interpretado por Chris Noth, conhecido das fãs de Sex and the City como Mr. Big) que caiu em desgraça na sua carreira de promotor mas tenta recuperar sua família e seu status. Além disso surgem diversas questões como as disputas de poder no escritório que Alicia (Julianna Margulies) trabalha, problemas vividos pelos adolescentes filho de políticos, etc.

Os personagens secundários também são um show a parte, como Eli Gold (Alan Cumming), o articulador político de Peter cresce na série e acaba ganhado mais espaço que o próprio candidato; Cary Agos que se torna um dos principais antagonistas de Alicia, Kalinda, a investigadora que resolve praticamente todos os casos para os advogados, além da impagável galeria de juízes que conta com a ponta até de Jerry Stiller como um juiz que cochila durante a audiência.

Na segunda temporada aparece um novo antagonista bem frequente interpretado por ninguém menos que Michael J. Fox. Seu personagem tem um doença que dificulta seus movimentos e ele usa isso para obter a simpatia dos outros e sempre ocultar suas intenções.

Com tudo isso, todo o clima frenético e tenso, nem precisaria dizer quem são os produtores por trás da série, mas o nome deles justifica bem a qualidade: Ridley Scott e Tony Scott.

Ah, um grande destaque para mim é a interpretação de Julianna Margulies. Alicia é uma personagem que tem que passar sempre uma tranquilidade e uma superioridade diante toda a tempestade que acontece sua vida. Ela não pode mostrar sua fragilidade, não pode se mostrar abalada, ela tem que ser forte, convicta e se provar a todo momento para todos que a julga. Nisso ela tem uma "cara" apelidada por Eli Gold de "the housewife poker face" que não transmite nem fúria, nem tranquilidade, nem felicidade, nem tristeza, ela não entrega nada e, ao mesmo tempo, se mostra acima de todos.

Na Cultura tem esse box com as duas primeiras temporadas, vale muito a pena.

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