Não é nova a discussão, mas ainda não se chegou em uma fórmula que concilie o conteúdo gratuito que os usuários da internet esperam e o trabalho financiado que os produtores de conteúdo precisam para se manter como profissionais.Em 2008 Warren Ellis, Paul Duffield e a editora Avatar lançaram Freak Angels, testando um modelo de publicação para quadrinhos
A HQ tem uma cara dos trabalho mais descompromissados de Ellis, o que garante um resultado final bem interessante.
Sabe, aquela coisa com um humor muito cínico, uma mistura de uma história aparentemente comum em um universo muito ficcional. Além de, é claro, um desenho muito bem feito, com um visual diferente e bem trabalhado.
Para dar uma ideia, essa é a contextualização da primeira história: "23 anos atrás doze crianças estranhas nasceram na Inglaterra no mesmo exato momento. 6 anos atrás, o mundo acabou. Essa é a história do que vem a seguir."
A prospota era simples: Um capítulo por semana, gratuita, via web, até concluir a hq. Aí a editora foi compilando as páginas em álbuns e vendendo, além de usar publicidade on-line e vender camisetas, canecas e outros produtos relacionados a série.
Aparentemente a série funcionou bem. Tinha boa audiência - se percebia pelo twitter que muita gente esperada a sexta-feira - "FreakAngels´ day" -, teve boa resposta da crítica - até porque a série era bem boa (para mais detalhes tem uma resenha minha aqui no UHQ)
Não dá para dizer se foi lucrativa ou não, pois a editora não entra nesse mérito, mas, pelo menos sabe-se que os artistas foram pagos como profissionais como qualquer trabalho para editoras de quadrinhos.
Uma das questões curiosas que se pode discutir sobre FreakAngels é a fórmula usada para manter a audiência. O primeiro recurso é uma história com um grande mistério de fundo que prende sua atenção até o payoff final. O segundo é a frequência definida: toda sexta-feira o site era atualizado, mesmo quando ocorria algum problema que atrasava a produção, Ellis ou Duffield escreviam um texto sobre a série para não abandonar os leitores. O site possuía um fórum onde leitores e autores discutiam a série.
Eu não li a série como muitos fãs, semanalmente, com toda avidez. Esperava juntar umas semanas, abandonei por um tempo e li vários capítulos de uma tacada só depois que a série terminou. É interessante que o tal mistério do final funcionou para mim, apesar abandonar a série por um período, voltei tempos depois graças a curiosidade.
Outro mérito é que mesmo depois de um bom tempo da publicação da série ela continua on-line e, caso você que não leu queria aproveitar, pode ler tudo de uma tacada só - demora um pouco, são muitas páginas, mas vale a pena, é uma leitura bem fluida e gostosa.
- Semana passada falei sobre o financiamento da Café Espacial, que é um outro modelo de financiamento pela internet, mas nesse caso de um produto físico. No decorrer da semana vou fala de outros produtos buscando uma solução viável no mundo on-line.
A HQ tem uma cara dos trabalho mais descompromissados de Ellis, o que garante um resultado final bem interessante.
Sabe, aquela coisa com um humor muito cínico, uma mistura de uma história aparentemente comum em um universo muito ficcional. Além de, é claro, um desenho muito bem feito, com um visual diferente e bem trabalhado.
Para dar uma ideia, essa é a contextualização da primeira história: "23 anos atrás doze crianças estranhas nasceram na Inglaterra no mesmo exato momento. 6 anos atrás, o mundo acabou. Essa é a história do que vem a seguir."
A prospota era simples: Um capítulo por semana, gratuita, via web, até concluir a hq. Aí a editora foi compilando as páginas em álbuns e vendendo, além de usar publicidade on-line e vender camisetas, canecas e outros produtos relacionados a série.
Aparentemente a série funcionou bem. Tinha boa audiência - se percebia pelo twitter que muita gente esperada a sexta-feira - "FreakAngels´ day" -, teve boa resposta da crítica - até porque a série era bem boa (para mais detalhes tem uma resenha minha aqui no UHQ)
Não dá para dizer se foi lucrativa ou não, pois a editora não entra nesse mérito, mas, pelo menos sabe-se que os artistas foram pagos como profissionais como qualquer trabalho para editoras de quadrinhos.
Uma das questões curiosas que se pode discutir sobre FreakAngels é a fórmula usada para manter a audiência. O primeiro recurso é uma história com um grande mistério de fundo que prende sua atenção até o payoff final. O segundo é a frequência definida: toda sexta-feira o site era atualizado, mesmo quando ocorria algum problema que atrasava a produção, Ellis ou Duffield escreviam um texto sobre a série para não abandonar os leitores. O site possuía um fórum onde leitores e autores discutiam a série.
Eu não li a série como muitos fãs, semanalmente, com toda avidez. Esperava juntar umas semanas, abandonei por um tempo e li vários capítulos de uma tacada só depois que a série terminou. É interessante que o tal mistério do final funcionou para mim, apesar abandonar a série por um período, voltei tempos depois graças a curiosidade.
Outro mérito é que mesmo depois de um bom tempo da publicação da série ela continua on-line e, caso você que não leu queria aproveitar, pode ler tudo de uma tacada só - demora um pouco, são muitas páginas, mas vale a pena, é uma leitura bem fluida e gostosa.
- Semana passada falei sobre o financiamento da Café Espacial, que é um outro modelo de financiamento pela internet, mas nesse caso de um produto físico. No decorrer da semana vou fala de outros produtos buscando uma solução viável no mundo on-line.
Cara, curti muito a idéia dessa rádio. Estou fazendo uns "testes" com ela e tá saindo umas coisas legais.
ResponderExcluireu estranhei bastante no começo, mas agora estou achando bem legal.
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