quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sessão de Terapia

O GNT trouxe para o brasil uma série bem interessante que já teve versões em vários países. Começou em Israel com o nome BeTipul, fez muito sucesso nos EUA como In Treatment e agora, com a direção de Selton Mello, virou Sessão de Terapia

Confesso que não é uma série fácil de ver por conta da estrutura dela que a deixa muito extensa. O conceito da série é ser diária. De segunda a quinta acompanhamos as sessões de Theo com seus pacientes e na sexta ele é o paciente. 

Eu assisti a duas temporadas da versão nacional da série e vários episódios das mesmas temporadas da americana e gostei das duas. 

A americana é um pouco melhor, é claro. Os atores americanos tem um ritmo melhor para série - eles meio que definiram a dinâmica de atuação em série, então o formato sempre funciona melhor com os gringos, mas os brasileiros tem pego o jeito aos poucos. 

O ator que faz o terapeuta americano é um pouco melhor também, o que ajuda bastante porque ele é o personagem que sustenta tudo. 

Na versão nacional Theo é interpretado por Zécarlos Machado que tem uma performance bem competente, principalmente na segunda temporada onde o personagem cresce muito e ganha um drama próprio muito mais forte do que o da primeira temporada. 

O problema de uma série nessa linha é que sempre se trabalha com personagem um tanto limítrofes, com problemas bem pesados e comportamento complexo. 

Se você já fez terapia pode se assustar um pouco, até se achar estranho ou sem problemas por nunca ter gritado com seu terapeuta ou sair no meio da sessão batendo a porta ou jogar o dinheiro para ele como se fosse uma prostituta. 

Mas é preciso entender que a série precisa de um pouco mais de drama que a vida real ou ela não consegue prender a atenção. 

Na primeira temporada eu confesso que só uma personagem me interessava, a Nina, uma menina ginasta interpretada por Bianca Muller. Ela me parecia ser a única com um problema real, a única que o Théo parecia legitimamente interessado em ajudar. Os outros me pareciam muito reclamões e pareciam mais aborrecer ele do que instigá-lo a fazer um bom trabalho. 

A segunda temporada já tem uma coleção bem mais rica de personagens. Até o casal da primeira temporada que volta na segunda acompanhando a terapia do filho, a uma garota com câncer e o meu personagem preferido é um empresário no fim da sua carreira sofrendo ataques de pânico. 

Outro detalhe interessante da segunda temporada é que cenário passa a ser o centro de São Paulo e quem é daqui vai reconhecer vários lugares. 



A série foi exibida pela GNT e por falta melhor de forma pra ver assisti uma versão pirata que se encontra aí pela net. 

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