A lógica da velocidade que os filmes são levados para a Netflix muitas vezes é difícil de compreender. Felizmente eles estão conseguindo trazer alguns filmes novos rapidamente para o ar, um exemplo é Trancendence, um filme lançado esse ano que já está disponível.
Eu tinha visto o trailer e cheguei a cogitar ir no cinema, mas não deu.
A ideia do filme é bem interessante: vários cientistas estão tentando desenvolver uma inteligência artificial quando um ataque terrorista mata a maior parte dos cientistas e destrói diversos laboratórios.
O único laboratório que continua funcional é o do Dr. Will Caster (Johnny Depp) que foi ferido e morrerá em breve.
Utilizando os dados que ele recebe dos trabalhos de outros pesquisadores que morreram ele consegue solucionar o mistério para não só criar uma inteligência artificial, mas também preservar a sua vida após a morte usando seus padrões mentais e se tornando uma inteligência artificial.
A partir daí o filme segue a linha de ficção científica distópica, com Will Caster ficando cada vez mais poderoso e com o grupo terrorista tentando destruí-lo.
O filme é bom, é interessante, mas ele é para os fãs de ficção científica tradicional. Tem alguma ação, é claro, mas o centro do filme é o debate filosófico, são as questões existenciais e um pensamento muito interessante de que praticamente tudo já foi estudado, então basta interconectar as informações e fazer conexões complexas demais para o cérebro humano para se ter a resposta de tudo.
Na prática o filme me lembrou muito um dos livros do Asimov que eu li, Fundação e Terra, não pela história em si, mas pelo conceitual e pela estrutura narrativa.
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Na trama, Will Caster é uma celebridade no campo de pesquisa sobre inteligência artificial. Este thriller de ficção científica mais de 100 minutos, eu gostei. Transcendence é um filme estranho e muito futurista que eleva a curto prazo um futuro muito sombrio para toda a humanidade. A coisa interessante sobre este filme é o debate e o dilema moral que surge quando se discute os limites da ciência e tecnologia. Transcendênce é o primeiro filme que fez Wally Pfister, diretor de fotografia de quase todos os filmes de Christopher Nolan.
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