terça-feira, 17 de maio de 2011

24 Horas

Hoje logo cedo estava sentido saudades do tempo que tinha 24 Horas para assistir.

É fácil entender porque os super-heróis continuam aí sendo publicados anos a após anos formando uma interminável novela: a gente se apega aos personagens.

Eu me apeguei a Jack Bauer e hoje sinto falta do seu jeito de resolver os problemas.

Não tinha visto a série quando passou na TV. Quando resolvi assistir ela já estava no fim de sua existência (uma das belezas do mundo dos DVDs é essa: a possibilidade de se assistir boas séries quando se bem entender).

Logo quando assinei a Netmovies decidi que tiraria o atraso de diversas séries que tinha “perdido o bonde”, as duas primeiras que fui atrás foram exatamente 24 Horas e Lost.

Não me esqueço que na época eu passava por um período muito estressante no trabalho e meu momento de distração era justamente chegar em casa e ver Jack Bauer, com toda sua delicadeza, salvando o mundo.

Com todos os seus defeitos, e talvez justamente por eles, 24 Horas era uma série de ação fascinante.

Muito além da brincadeira que pautava toda a edição da série – a ideia de se contar uma história em tempo real – 24H construiu um personagem que realizava as fantasias de todos que, mesmo estando certos, foram repreendidos de uma forma ou outra. A série não era uma luta do “bem” contra o “mal”, mas do jeito Jack Bauer de fazer as coisas contra metodologias padrões ineficientes.

Basicamente o que acontecia em todas as temporadas pode se resumir nesse conceito: um evento terrível está para acontecer, Jack Bauer dizia como resolver, ninguém acreditava na solução dele e ele partia para ilegalidade, porque era mais importante resolver o problema iminente do que seguir certas políticas.

No fim você tinha todos tentando parar Bauer – as forças oficiais que consideravam sua solução errada e os vilões em si que sabiam que ele estava no caminho certo – e ele saindo por cima quando salvava o mundo.

Sei que essa fórmula simplista é bem pouco atrativa e deixa de fora milhares de ótimos acontecimentos que a série teve – sem contar os fantásticos coadjuvantes que ajudavam ou se opunham a Bauer – mas a linha geral é isso e o fato dela ser bem simples tornava tudo mais atraente.

Vamos combinar que a série é bem pouco realista (e cheia de furos), mas a trama toda rocambolesca e intrincada que se formava dentro de cada temporada – que ainda se fechava em uma história maior na sétima e na oitava temporada – precisa de uma linha geral simples para se equilibrar tudo isso. Afinal, 24 Horas era, antes de mais nada, uma série de ação e as pancadarias, perseguições e explosões tinham que ter o destaque o gênero pede.

Duvido muito que um dia irei rever 24 Horas, afinal, é necessário 24 horas para ver cada temporada (tira-se os comerciais, mas acrescenta-se os extras) e tenho um milhão de séries que eu nunca vi para assistir antes de começar a rever algo. Mas não posso negar que a série me marcou muito, me divertiu muito e me deixou com boas lembranças.

Quem nunca viu, tente.  É um misto de faroeste, com Capitão América e James Bond, não tem como ser de todo ruim.

Box de DVDs com todas as temporadas

PS.: Pela net você vai encontrar diversos sites com Jack Bauer facts, mas a melhor piada que ouvi sobre a série foi quando um amigo comprou as HQs de 24Horas e outro perguntou: E como você lê isso? Vem com um cronômetro?

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