terça-feira, 25 de novembro de 2014

Arrow

Já falei duas vezes sobre Arrow (primeira temporada e segunda), mas, como estou fazendo um giro pelas séries que eu estou assistindo, voltamos a ela nessa metade da terceira temporada. 

Arrow tem infinitos problemas, deveria ser um fracasso, mas entrega aos fãs de quadrinhos tantas referências legais que acaba se salvando. 

A primeira temporada foi fraquinha, a segunda e a terceira parecem mais um seriado do Batman, o que é a deixou muito legal. 

É interessante como Arrow agrega com naturalidade muitos elementos e personagens da DC, um ótimo exemplo é Ted Grant, um herói/pugilista conhecido como Pantera. 

Nos quadrinhos Ted é da velha guarda dos heróis, faz parte Sociedade da Justiça da América, e no seriado ele assume um papel semelhante: ele é um vigilante das antigas que se "aposentou" e agora está treinando Laurel Lance, a futura Canário Negro.

Aliás, graças a Ted os fãs do Arqueiro tiveram a oportunidade de ver um dos clássicos do herói, a flecha luva de boxe (veja o gif abaixo), obviamente de uma forma um pouco diferente, mas, ainda assim, algo que causou delírio em muitos. 

Nessa temporada também tem a presença do Ray Palmer (interpretado por Brandon Routh, ex-Superman), nos quadrinhos conhecido no Brasil como o héroi Eléktron (nome original Atom) que entrou de forma curiosa na história. 

No final da temporada anterior Oliver perdeu sua fortuna e o controle das empresas da família e nessa temporada Ray surge como novo proprietário da empresa, outra mudança que Ray sugere é a mudança do nome da cidade de Starling City para Star City (que é o nome da cidade nos quadrinhos).

Nessa questão de explorar o universo DC sem medo de fazer o fã feliz as séries Arrow e Flash têm acertado imensamente, dando um banho na fraquíssima Agentes da S.H.I.E.L.D..

Quanto aos problemas, algo que tem que incomodado é a perda da fortuna do Oliver. Os roteiristas precisam desse movimento para fazer o final da segunda e pra trazer Palmer, mas isso acabou tornando a situação de Oliver insustentável. 

De onde virá o dinheiro para os equipamentos dele (mesmo o que ele já tem consome energia, combustível, etc)? Quem está pagando o salário do Diggle? Do que Oliver está vivendo? O que vai acontecer agora que o esconderijo dele é praticamente uma ocupação ilegal?

Essas questões são difíceis de resolver, por isso uma das características do personagem é ser rico e, em algum momento, os roteiristas vão ter que tirar da cartola uma solução que pode não ser muito boa para essa situação. 

Outro grande problema da série é a qualidade dos atores. Stephen Amell (Oliver), David Ramsey (Diggle), Willa Holland (Thea), Colton Haynes (Roy) são sofriveis, atuam muito mal, convencem pouco no papel, a única que acaba sendo boa atriz por contraste é Emily Bett Rickards (Felicity).

A sorte da série nesse quesito é que o papel de Oliver é de alguém que de certa forma perdeu contato com suas emoções nos cinco anos em que viveu na ilha.

Mas, como eu disse antes, isso não impede a série de ser divertida, ainda mais para os fãs de quadrinhos. 







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