sexta-feira, 12 de junho de 2015

Parker de Darwyn Cooke

Darwyn Cooke ficou famoso um tempo atrás com sua estética retrô e o auge dessa fama foi a HQ DC: Nova Fronteira que mostrava um panorama do universo DC como se a história se passasse nos anos 60. 

Em Parker, Darwyn Cooke faz tudo trabalhar a seu favor, ele usa essa estilização que descende do Milton Caniff, com uma pegada do começo da animação tradicional, uma finalização bem orgânica em pincel, uma marcação monocromática de luz e uma temática da época - a história é ambientada em 1964.

Atualmente a estética dele virou algo indie, moderninha, vários artistas usam essa finalização, mas o conjunto das características de Cooke passam uma sensação de algo antigo, mas com um certo frescor.

Nessa série de livros - que já tem quatro volumes - Cooke adaptou as histórias de Parker escritas por Richard Stark nos anos sessenta. Stark inaugurou uma vertente da literatura policial focada em criminosos. Com o passar dos anos a impressão que dá é que essa linha de histórias passou a suavizar os criminosos, elevando sua "ética" profissional e diminuindo sua brutalidade. 

Parker é daquelas histórias de assaltantes engenhosos, mas que deixa claro a todo momento que ele é sim um criminoso. Tanto que uma das primeiras atitudes dele é matar a ex-mulher que o traiu. 

Quem assistiu o filme O Troco de Mel Gibson vai reconhecer a história. Um assaltante que foi enganado por seus comparsas e cuja a parte de direito no assalto foi entregue a uma organização criminosa. Então ele vai atrás da sua parte do dinheiro, mesmo que isso signifique arranjar inimigos poderosos. 

Parker é o típico casca grossa que sempre ganha a briga, sempre tem um plano e sozinho consegue encarar todos. 

A história é bem divertida pra quem gosta de ação, mas o grande charme é a arte de Darwin Cooke, não há como negar que sem a narrativa visual e as escolhas estéticas de Cooke a HQ não teria muito destaque. 

Algo interessante é que Cooke preservou muito do texto original e, em alguns trechos, ele opta por publicar o texto na íntegra e fazer uma espécie de livro ilustrado. 

Vale muito a pena ler Parker, infelizmente não foi publicado no Brasil, mas se quiser na cultura tem todos os volumes. Compres aqui o volume 1, 2, 3 e 4










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